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Empresários americanos recomendam ao Brasil não retaliar

Em vez disso, executivos de multinacionais sugeriram a senadores brasileiros compromissos de investimentos de longo prazo

Representantes de grandes empresas americanas reunidos hoje com senadores brasileiros fizeram recomendações ao Brasil nas tratativas com Donald Trump, entre elas: não retaliar, porque o presidente dos Estados Unidos vai dobrar a aposta; e focar em investimentos de longo prazo e em negócios que despertem o interesse do lado americano.

Os empresários reconheceram que existem produtos que eles praticamente só importam do Brasil, como máquinas e implementos agrícolas e frutas. A senadora Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura, uma das integrantes da comitiva, lembrou o caso da manga. Outro exemplo são os aviões regionais da Embraer.

Ficou combinado que as demandas de exceções à tarifa de 50% devem partir de casos bem específicos e localizados, que sejam de interesse dos americanos. Eles recomendaram também uma sinalização de boa vontade do governo brasileiro, com gestos concretos, como a própria reunião.

As sugestões tiveram por base o que os executivos observaram nas negociações com outros países. Participaram representantes de grandes multinacionais, como Cargill, Caterpillar, DHL, Exxon Mobil, IBM, Johnson & Jonhson, Kimberly-Clark, Merck, Novelis, Dow Chemical, S&P Global e Shell USA.

Mesmo assim, os executivos admitiram que eles próprios têm dificuldades de acesso aos tomadores das decisões, altamente concentradas no presidente. Um dirigente da Câmara chegou a se queixar de que eles não têm a mesma capacidade de diálogo que tinham em outros governos.

Eles ficaram bem impressionados com o fato de senadores do governo e oposição terem claramente alinhado suas posições com antecedência, e focado no interesse nacional.

Os senadores, que integram a Comissão de Relações Exteriores e Defesa do Senado, deixaram claro que sua missão em Washington não é negociar, mas abrir um diálogo e mostrar disposição para uma conversa com resultados duradouros.

A reunião foi a portas fechadas, sem a participação de jornalistas, mas fontes isentas relataram em detalhes a conversa à CNN Brasil.