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Lideranças devem incentivar colaboradores a utilizarem a licença paternidade
Para a Newa, homens precisam quebrar tabus e assumirem seus papéis enquanto pais e companheiros, auxiliando as mulheres na jornada que é cuidar de uma criança
A chegada de um novo membro à família representa um momento de felicidade, alegria e renascimento para homens e mulheres. Apesar disso, cuidar de um recém nascido não é uma tarefa fácil, afinal, crianças demandam tempo e atenção contínua. Do mesmo modo, as mulheres também precisam desse acolhimento, e incentivar o uso das licenças paternidades dentro das organizações tem sido uma forma de auxiliar os homens a quebrarem os tabus de preconceito e machismo para estarem dividindo a nova jornada com suas companheiras.
Segundo o estudo “Licenças Maternidade e Paternidade nas Empresas”, 78,7% dos entrevistados consideram conhecer as regras da licença maternidade. Mas essa proporção cai para 62,1% em relação à licença paternidade. A pesquisa, realizada pelo Family Talks e 4daddy, apresenta dados que podem ajudar as empresas a entender os desafios que ainda precisam ser enfrentados para garantir tempo de qualidade para que seus colaboradores se tornem pais. “As lideranças, sejam elas femininas ou masculinas, também precisam puxar essa responsabilidade do cuidado para si, incentivando seus colaboradores a utilizarem as licenças que possuem por direito ou criando políticas com períodos mais extensos, a fim de oferecer o apoio necessário a essas famílias”, afirma Carine Roos, CEO e fundadora da Newa, empresa de consultoria em diversidade, inclusão e saúde emocional para as organizações.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Google, 88% dos homens acreditam que ser um bom pai significa participar da rotina dos filhos. Contudo, apenas 37% relataram participar ativamente da vida do filho. “Por muito tempo, a cultura patriarcal – ainda impregnada na sociedade – fez as pessoas acreditarem que o cuidado com a família e com os filhos era uma responsabilidade exclusiva das mulheres. No entanto, vemos isso como uma responsabilidade que deve ser compartilhada. É claro que entendemos que no Brasil nem todas as famílias possuem uma figura paterna ou uma rede de apoio, além disso há novos rearranjos familiares, mas precisamos incentivar dentro das empresas que os colaboradores assumam uma responsabilidade equânime para que a jornada de cuidar e educar um filho seja mais positiva”, explica Carine.
Para a especialista em diversidade, equidade e saúde emocional para as organizações, é fundamental que as empresas mobilizem seus funcionários e demonstrem apoio durante o período de licença paternidade, além de promover ações internas que reforcem a importância da equidade de gênero, seja no mercado de trabalho ou na vida pessoal. “As empresas são livres para estender a licença e encorajar essa presença paterna aos seus colaboradores. Há casos, inclusive, em que os próprios líderes já dão esse exemplo. Quando incentivamos esse período dentro das organizações, estamos promovendo algo muito maior do que apenas o tempo com a família. Promovemos uma reflexão sobre o papel do homem para além da chegada do filho, mas também sobre diversidade e equidade”, finaliza a CEO da Newa.