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Existe saída para o endividamento?

Sete em cada dez famílias estão endividadas no país.

Só quem sabe a dor de dever R$ 10.000,00, R$ 30.000,00, R$ 100.000,00, entende como é sufocante olhar para os boletos e não saber de onde tirar tanto dinheiro para pagar.

Mas essa é a situação sete em cada dez brasileiros, de acordo com um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O ano de 2021 fechou com um patamar histórico, de 76,3% do total de famílias endividadas.

Mas é possível sair?

Para o consultor financeiro, Paulo Renato Oliveira, dono de uma empresa que atende clientes no Brasil e exterior e que tem um canal com vídeos com milhões de visualizações, é possível, sim.

Não de teoria, mas na prática, pois viveu um endividamento de mais de R$ 100.000,00 quando saiu da faculdade, há mais de dez anos. E com a experiência que adquiriu resolvendo o próprio problema e de centenas de clientes com a situação igual e ou até pior, Paulo Oliveira orienta como agir nesses casos.

Cinco passos para sair da dívidas

O primeiro passo é ter consciência das atitudes que levaram ao endividamento. Por que se as pessoas não mudarem o hábito ou a atitude que geraram a alta dívida, o problema pode se repetir ou até se agravar.

“Não ainda buscar culpados, como a política, o banco, os juros. É assumir a responsabilidade dos erros que cometeu, se informar melhor, aprender sobre finanças e tomar as atitudes certas, que são os outros quatro passos que eu mesmo adotei para mudar o meu quadro financeiro e que utilizo para reverter as dívidas dos meus clientes. Muitos deixam de ser endividados para virarem até acionistas dos próprios bancos onde estavam com pendências, com orientações financeiras que pouca gente sabe”, revela o consultor.

O segundo passo, segundo Paulo Oliveira, é deixar a preocupação de lado. “Eu entendo que é até difícil dormir com uma dívida dessas, pois passei por isso, mas é preciso tirar a dívida da mente colocando todos os gastos descritos no papel. Quando você coloca tudo descrito numa planilha ou num documento no computador, você consegue ter total clareza da realidade e tomar as decisões necessárias para quitar as dívidas reais antes que elas aumentem, já que os juros compostos fazem com que cresçam exponencialmente, principalmente as de cartão de crédito”, detalha.

Essa planilha é estratégica, pois irá ajudar a fazer cálculos para redirecionar as ações.

De posse desse documento, o endividado deve observar quais são os gastos que devem ser cortados. É a hora de enxugar.

“Festas, jantares, gastos desnecessários, tudo deve ser cortado. Não é hora de pensar que mereço ser feliz, mereço curtir a vida. É hora de cair na real e cortar tudo, e deixar só o necessário mesmo. E até dentro do necessário, ver outros planos mais baratos, diminuir despesas até com a conta de energia elétrica, tomando medidas simples de economia doméstica. Cortando de todos os lados, no total, vai somar dinheiro para quitar as dívidas”, explica Paulo.

E se os cortes de gastos não forem suficientes? Vem o quarto passo, que é fazer trabalhos extras, ter uma segunda renda.

“Deixar de sair aos fins de semana e passar a trabalhar em outras funções, empreender em algo diferente, enfim, é preciso fazer dinheiro novo para existir caixa para pagamento da dívida. Parece uma medida dura, mas não tem como sanar um erro do passado sem sacrifício. Não existem fórmulas mágicas para sair da crise, é preciso mesmo trabalhar e gerar renda”, orienta Paulo. E depois disso é que vem o quinto passo, que muitos consultores recomendam como o primeiro, mas, para Paulo é o quinto: renegociar as dívidas. “Não adianta renegociar juro sobre juro sem reduzir despesas mensais e gerar mais dinheiro”, explica. “Do contrário, vai ser outra dívida difícil de pagar”, acrescenta.

Fonte: Assessoria de Imprensa/ Paulo Oliveira