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As estratégias dos pequenos mercados durante a crise
Rever custos e adotar outros canais de receita, como o delivery e, principalmente, manter a conexão com o cliente, são algumas das orientações do Sebrae para minimizar prejuízos
Em um cenário de muitas incertezas, em virtude do avanço da pandemia do novo coronavírus, os donos de pequenos negócios buscam novas estratégias para minimizar os prejuízos. Entre os setores mais afetados estão os que funcionam de portas abertas e dependem da circulação de pessoas.
Assim como muitos segmentos, os mercados de bairro também enfrentam queda no faturamento com a perda de clientes e ainda sofrem com aumento de custos em aquisições. Em um primeiro momento, a orientação do Sebrae aos empreendedores é reavaliar sua estrutura de custos e estratégias de posicionamento.
“É o momento de revisar os custos e, durante essa análise, tomar medidas sejam elas de redução de custo, quando é possível renegociar um aluguel, por exemplo, ou até mesmo renegociar prazos de alguns pagamentos, o que pode ser feito direto com fornecedores”, destacou o gerente de competitividade do Sebrae, Cesar Rissete.
Os serviços de entrega (delivery) têm se tornado uma importante estratégia dos pequenos mercados para chegar até os clientes que cumprem recomendações de não sair de casa em virtude da quarentena. Outra opção é o cliente encomendar suas compras e retirar os pedidos já previamente organizados, em um sistema de take out.
O gerente do Sebrae explica que o empreendedor deve ter em mente que os clientes existem e continuam tendo a necessidade de comprar, mas devido às novas circunstâncias, não estão indo fisicamente até o negócio com a mesma frequência.
“É muito importante que o dono do negócio mantenha a conexão com esse cliente, seja por meio das mídias digitais, de plataformas de entrega já existentes ou ainda, reconfigure o negócio para um delivery próprio para que minimize o impacto de uma provável perda de receita no estabelecimento”, analisou.
Além disso, os donos de pequenos negócios podem buscar parcerias, se aproximando de iniciativas de cooperação e solidariedade que se espalham pela própria comunidade, com a venda de cestas básicas, por exemplo.
Para o gerente do Sebrae, a adaptação ao cenário de crise pode representar vantagens no futuro e a oportunidade de tornar práticas, como análise do fluxo de caixa e cuidados sanitários dos colaboradores ainda mais constantes.
“Toda crise gera mudanças, e é preciso enxergar novas possibilidades para aproveitar o momento e se conectar digitalmente com o seu cliente para fazer prospecção e ter formas diferenciadas de entregar os produtos”, afirmou.