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Desafios da gestão de pessoas em tempos de crise
Confira as visões de Fabiano Goldacker e Marcos Zick
O crescimento inexistente da economia brasileira em 2014 mostra que as empresas têm enfrentado uma crise econômica desde o ano passado. A crise já está instalada e não é uma novidade. Então, o que há de novo? Talvez os debates sobre nossa situação econômica não sejam só sobre o rumo que o Brasil irá tomar em 2015, mas, sim, sobre outro tipo de problema que se faz presente há muito e que agora fica cada vez mais claro: uma crise moral que se evidencia pela menor confiança das pessoas nas instituições.
Essa ameaça pode ser transformada em oportunidade à medida que as corporações desenvolverem as relações entre os colaboradores no ambiente de trabalho. É justamente este o gancho que utilizo para falar sobre a importância da gestão de pessoas em tempos difíceis. O que diferencia e acentua esta crise das demais é a falta de credibilidade nas instituições que nos representam. E cabe aqui uma observação: as empresas também fazem parte desta lista.
É fundamental que as empresas passem uma imagem de credibilidade para que as pessoas confiem nas organizações onde trabalham. Contudo, essa confiança só acontecerá quando cada colaborador se sentir inserido nos propósitos organizacionais, quando cada indivíduo sentir que faz parte da missão, visão e objetivos da organização. Para isso, é necessário um estreitamento nas relações entre os níveis hierárquicos da corporação, a fim de que os gestores estejam mais próximos da equipe.
Esta proximidade gera transparência, que é outro ponto importante para a gestão de pessoas. A empresa não deve esconder o jogo, sobretudo nos momentos de crise, pois ao agir de forma transparente deixará evidente para todos que a eventual necessidade de se tomar medidas austeras é momentânea. Assim, é possível mostrar o
quanto cada funcionário é respeitado e o quanto cada um deles é importante para enfrentar os desafios que se apresentam.