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Brasil está a caminho de um novo ciclo de expansão
Afirmou o secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda durante o 3º Encontro de Resseguro
Ao elogiar as resseguradoras pela confiança em investir no País – hoje são 115 empresas que disputam o mercado – o secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, aproveitou para criticar os pessimistas em relação ao cenário econômico. Ao contrário da previsão de “tempestade perfeita”, combinação de fatores negativos, como inflação, juros e dólar altos, gerando queda abrupta da atividade econômica, ele assegurou que o País está a caminho de um novo ciclo de expansão, que se materializará à medida que avancem os ganhos de produtividade, diferindo do modelo que reinou entre 2002 e 2012 – de forte crescimento do consumo, das exportações, do mercado de crédito, e de mais de 50 milhões de brasileiros incluídos à nova classe média brasileira.
Ele lembrou que o dólar está em desvalorização, a inflação está controlada, a dívida líquida está em queda, havendo mais de US$ 370 bilhões em reservas, fatores positivos para que a economia mantenha a trajetória de crescimento nos próximos anos. Para ele, o crescimento dos investimentos, o aumento da renda e o avanço do mercado imobiliário serão as bases deste novo ciclo econômico.
Dyogo acredita que o novo modelo de expansão vai favorecer, sobretudo, o mercado de seguros e resseguros, tendo em vista que os saltos de produtividade ocorrem a partir de investimentos em infraestrutura, exigindo coberturas para tais riscos. No caso das resseguradoras, ele reconheceu que a atividade andou de lado no ano passado, ao reduzir a lucratividade à metade e também a taxa de retorno sobre o patrimônio líquido.
Mas o secretário-executivo está convencido de que os fatores que afetaram o resultado no último exercício, como a volatilidade que afetou o mercado de renda fixa e os prêmios muito competitivos, não vão se repetir neste ano, assegurando melhor desempenho do setor. Porém, apesar de alguma correção nos prêmios de resseguros, não há espaços para grandes ajustes, tendo em vista que o mercado opera com muitos players. “Aqueles que apostaram no País, como as empresas de resseguros, já ganham hoje e vão ganhar ainda mais neste novo ciclo de crescimento brasileiro”, assegurou ele.
O 3º Encontro de Resseguro do Rio de Janeiro, evento promovido pela CNseg, Fenaber, Abecor-Re e Escola Nacional de Seguros Privados, reúne 500 pessoas para discutir os principais temas da indústria de resseguros.