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Dólar sobe 0,28% ante real, com leilão de Libra e atento ao BC
Moeda foi influenciada também pelo resultado do leilão pelo direito de exploração da área de Libra, maior reserva de petróleo já descoberta no Brasil
O dólar fechou com leve alta ante o real nesta segunda-feira, num dia marcado por pequeno sobe e desce, diante das expectativas do mercado sobre a estratégia do Banco Central sobre a rolagem de quase 9 bilhões de dólares em contratos de swap cambial tradicional que vencem em novembro.
A moeda foi influenciada também pelo resultado do leilão pelo direito de exploração da área de Libra, maior reserva de petróleo já descoberta no Brasil, que deverá gerar entrada de dólares no país menor que a esperada até então.
A moeda norte-americana subiu 0,28 por cento, para 2,1820 reais na venda, tendo chegado a 2,1670 reais na mínima do dia e a 2,1830 na máxima. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1 bilhão de dólares.
A Petrobras com uma fatia de 40 por cento do consórcio, a anglo-holandesa Shell, a francesa Total e as estatais chinesas CNPC e CNOOC venceram o leilão da área de Libra, no pré-sal. O consórcio foi o único a apresentar proposta e terá de desembolsar 15 bilhões de reais em bônus.
"Como o consórcio é principalmente brasileiro, o impacto sobre o dólar é menor", disse o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca.
O bônus será pago em um mês, de acordo com o governo, e a fatia mínima, prevista em lei, que a Petrobras era obrigada a ter no consórcio era de 30 por cento. Segundo o diretor-geral da Total, a francesa trará recursos de fora do país para pagar sua parcela do bônus, enquanto a Shell informou que usará recursos próprios da empresa no Brasil para esse fim.
Na primeira parte do pregão desta segunda-feira, o dólar operou em leves quedas também com menor volume de negócios e questionamento sobre a rolagem de contratos de swap cambial tradicional. Para o superintendente de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira, caso a autoridade monetária faça toda a rolagem dos contratos, a moeda norte-americana pode ir abaixo de 2,15 reais.
O BC informou na noite de sexta-feira que realizará pesquisa de demanda para avaliar a necessidade de rolar ou não os contratos com vencimento em 1º de novembro, com valor equivalente a 8,87 bilhões de dólares.
Segundo o BC, a pesquisa ocorrerá entre 17h e 17h30 desta segunda-feira e os leilões devem ocorrer em 22, 23 e 24 de outubro.
"Se ele rolar o lote todo, o mercado deverá buscar os 2,10 reais, porque no curtíssimo prazo esse é o drive", afirmou um operador de câmbio de banco brasileiro, sustentando que a instituição responderá à pesquisa dizendo haver demanda pela rolagem.
A argumentação, segundo ele, é que "ninguém" quer ficar com um contrato comprado quando a moeda estava entre 2,30 e 2,40 reais porque significará prejuízo, já que desde o lançamento do programa de intervenções diárias do BC, em agosto, a divisa norte-americana já perdeu 10,28 por cento de valor.
Diante dessa desvalorização, e com o dólar rondando 2,15 reais, agentes do mercado financeiro passaram a questionar se a autoridade monetária poderia alterar o programa de intervenções, reduzindo as rações diárias ou alterando as rolagens.
Pela manhã, o BC vendeu toda a oferta de swap cambial tradicional equivalente à venda de dólares no futuro de até 10 mil contratos, sendo 4 mil com vencimento em 5 de março de 2014 e 6 mil contratos em 1º de julho de 2014. A ação faz parte do programa diário de intervenções do BC no mercado cambial.
Além da expectativa com o ímpeto do BC nas rolagens, o mercado de câmbio também ficará atento nesta semana à divulgação de dados atrasados sobre o desempenho da economia dos Estados Unidos, que ficaram represados durante a paralisação que afetou o governo na primeira metade do mês.
O primeiro dado relevante é o sobre o mercado de trabalho, visto com atenção por ser considerado um dos balizadores da decisão do Federal Reserve, banco central norte-americano, sobre a redução do programa de compra de ativos.
O presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, que é membro votante da reunião de política monetária, disse que precisará de mais tempo para compreender a proporção do prejuízo que as batalhas orçamentárias em Washington fizeram, potencialmente adiando o início da redução do estímulo.