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Empreendedorismo exige talento
Na busca pela reengrenagem da carreira, muitos profissionais se deparam com a alternativa de se tornarem empreendedores
Não é uma descoberta de receita pronta, com cartilha a ser seguida, mas certas ferramentas pessoais que revelam o quanto é possível alguém investir nesse nicho cercado de desafio e habilidades próprias. “Enquanto muitos veem a empresa como problema, outros conseguem vislumbrar mercados que ainda podem crescer e serem explorados, seja no setor de serviço ou produto”, destaca a gerente estadual de orientação empresarial do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Conceição Moraes.
Ao contrário do que muitos pensam, despertar-se para um negócio não significa só ter uma ideia mirabolante na cabeça e meios para viabilizar o investimento. O segredo, atestam especialistas, é saber o momento certo de agarrar uma chance quando seu propósito vai ao encontro de uma real necessidade de mercado, ou seja, quando há cliente potencial. Depois, planejar a atuação, fase que pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso do negócio. “É o business plan, etapa de estruturação da ideia que demanda tempo”, pontua a supervisora da Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (USP), Graziella Comini.
Planejar uma oportunidade detectada, em linhas gerais, é responder o que vai ser feito, como será desenvolvido, quanto irá custar, quem irá fazer, por que será feito e quando será executado. Completam o perfil empreendedor competências como criatividade, espírito inovador, ousadia, paciência e entusiasmo. “São expertises fundamentais para ampliar a visão, otimizar recursos, gerenciar riscos, provocar mudanças, gerar valor econômico e atuar de forma estratégica. Importante nunca perder o foco e sempre avaliar o cumprimento de cada passo”, elenca Graziella.