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Inadimplência das empresas cai 15,3% em abril
Recuo foi influenciado pelo calendário mais curto de abril e pelo aquecimento da economia, segundo Serasa Experian
A inadimplência das empresas nacionais decresceu 15,3% em abril quando comparado a março. De acordo com pesquisa da Serasa Experian, o resultado representou a maior queda para a relação entre estes meses desde 2004, quando houve recuo de 15,1%. O desempenho da inadimplência, após ter apresentado elevações no decorrer de 2009, vem registrando sucessivas quedas em 2010.
O recuo foi influenciado pelo calendário mais curto de abril e pelo aquecimento da economia, responsável pela geração de receitas suficientes para honrar os compromissos atuais e resgatar as pendências passadas, segundo a instituição.
O levantamento constatou, ainda, que no 1º quadrimestre de 2010, em comparação com o mesmo período de 2009, a queda do indicador de inadimplência foi de 9%, sendo também a maior baixa nesta relação desde 2004/2003, quando o recuo havia sido de 17,8%.
O ano de 2004 foi um período favorável para a economia do País, quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 5,7%, o crédito com recursos livres para as empresas evoluiu 16,6% - com baixa inadimplência - que regrediu 19,4% sobre 2003.
"A decomposição do indicador mostra que a queda na inadimplência das empresas em abril foi puxada pelo menor volume de títulos protestados (-22,1%), que contribuiu com recuo de 8,9% na variação mensal”, afirmou Serasa em comunicado. Além disso, os cheques devolvidos por falta de fundos (CCF), recuando 18,4% no mês de abril, deram a segunda maior contribuição, com recuo de 6,8%.
Porte
As médias companhias apresentaram decréscimo maior na inadimplência entre março e abril. O valor registrado foi de 18,7%; seguidas pelas pequenas empresas, com recuo de 15,3%; e as grandes, também com baixa de 7,9%. Na relação anual as variações são de -20,4%, nas médias; de -17,5% nas grandes; e de -5,4% nas pequenas.
"As empresas estão conseguindo se recuperar graças ao forte crescimento da economia brasileira, apoiado na demanda das famílias. A oferta de crédito às empresas ainda não se normalizou desde a crise financeira, de forma que o caixa, o capital próprio, tem sido determinante para a condução estratégica dos negócios", disse a Serasa.
Expectativa
A perspectiva do organismo é positiva, prevendo que a inadimplência das empresas continue em queda por todo o segundo semestre. A oferta de crédito, segundo Serasa, também tende à normalização gradual.