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O grande desafio do controle empresarial

As grandes companhias possuem um profissional de elevada importância, que é responsável pelo departamento da empresa incumbida de prover informações contábeis e gerenciais para públicos internos e externos. Estou me referindo ao controller.

A controladoria das empresas costuma ser a responsável por montar, com o auxílio das informações passadas pelas demais áreas da corporação, o orçamento para o próximo ano.

O controller é, normalmente, a pessoa que coordena o processo orçamentário. A academia reconhece e quem teve a oportunidade de trabalhar em corporações está ciente de que a principal peça de controle da empresa é o orçamento empresarial.

No passado, montar o orçamento para o ano seguinte era uma tarefa espinhosa por conta da elevada inflação e insegurança econômica causada pelos sucessivos pacotes econômicos. Naquela época, o controller tinha que se desdobrar para estimar variáveis (inflação, por exemplo) difíceis de serem previstas e indispensáveis na montagem do orçamento.

Felizmente, o Brasil evoluiu graças aos avanços propostos e implementados por diferentes governos de tal modo que nos dias de hoje a previsibilidade dos indicadores econômicos aumentou, facilitando a vida da controladoria.

Um osso do ofício tanto do controller como de qualquer profissional que trabalha no departamento contábil de médias e grandes empresas é o famoso período de "fechamento" do mês. Nos últimos dias de todos os meses, o trabalho para a controladoria é dobrado, de modo a fazer os últimos lançamentos, ajustes, conciliações, além de ter de fazer os comparativos entre os valores realizados e orçados.

Normalmente, os meses de agosto/setembro de todos os anos costumam marcar o início dos trabalhos para a construção do orçamento para o ano seguinte. Contudo, a montagem do orçamento guarda algumas arapucas que devemser evitadas.

Uma dessas armadilhas é o estabelecimento de metas muito fáceis de serem cumpridas. Cientes que bonificações estão vinculadas ao cumprimento das metas estabelecidas no orçamento, gestores são "tentados" a passar premissas orçamentárias que não exigirão muito esforço para serem atingidas.

Do outro lado, estão aqueles orçamentos com números sabidamente impossíveis de serem alcançados. Neste caso, o efeito é a desmotivação para os gestores, pois, cientes de que mesmo que se extraia 100% das equipes e da própria empresa, a meta não será alcançada.

Recentemente, mais um grande desafio foi colocado para a área de controladoria: a migração dos padrões contábeis para o padrão internacional IFRS, assunto da nossa próxima coluna.